segunda-feira, 31 de maio de 2010

Suzana Pires fala sobre relacionamento com Marcos Pasquim: "Nós já nos sentimos casados"

Colegas de trabalho que se apaixonam e formam um casal não são novidades no mundo artístico, mas, é claro, continuam despertando a curiosidade dos fãs. A maioria dos atores, quando se vê numa situação destas, ainda tenta manter o sigilo, mas a tarefa em geral se mostra infrutífera diante da eficiência dos paparazzi.





Por outro lado, há quem não se estresse com o assédio. É o caso da atriz Suzana Pires, que faz a linha inversa. Ela, que voltou a namorar o também ator Marcos Pasquim, não tem problemas em falar sobre o relacionamento e faz questão de mostrar que eles são um casal como outro qualquer. “Nós somos um casal que vive rindo, superastral, que se diverte junto. Não temos segredos!”, revelou.

Em entrevista, na sua casa, na Barra da Tijuca, Suzana conversa sobre a excelente fase profissional, uma possível carreira internacional, sensualidade e o namoro de nove meses com o ator Marcos Pasquim: “Nós já nos sentimos casados”, confessa.


Léo Ramos


Entrevista: Você e o Marcos Pasquim voltaram, após ficarem quase um mês separados...
Suzana: É, deu saudade. A gente era muito amigo, durante anos, e resolvemos começar a namorar na novela “Caras & Bocas”. Depois deu vontade de terminar e, agora, vimos que queremos ser amigos e namorados (risos). Acho legal ver as pessoas vibrando pela nossa volta e acho que isso acontece porque somos muito transparentes. Nós somos um casal que vive rindo, superastral, que se diverte junto. Não temos segredos! A gente não terminou por nenhum cataclismo e voltamos porque sentimos saudades, como qualquer casal normal.

Entrevista: E pensam em se casar?

Suzana: A gente não precisa disso, nós já nos sentimos totalmente casados. Se, um dia, quisermos oficializar a união, vai ser um máximo. Mas, não é uma coisa que pensamos agora. O mais importante é que nós somos superparceiros. Por exemplo, escrevi uma peça para ele: “O Cara”, em que ele contracena com cinco mulheres e eu não sinto nem um pouco de ciúmes!! E olha que ele é um gato! (risos).

Entrevista: Quer ser mãe?

Suzana: Quero, mas ainda não sei quando. Me perguntam se o Marcos vai ser pai dos meus filhos e eu respondo: "Só tirando no tarô para saber". Mas, quem sabe?

Entrevista: Esse assédio da imprensa na sua vida pessoal te incomoda?

Suzana: De jeito nenhum... A relação da imprensa com um artista é uma via de mão dupla, nós dependemos um do outro. Eu nunca fui destratada por nenhum jornalista, então não tem porque eu desrespeitar ninguém. Até o paparazzo, mesmo, ele está trabalhando! Temos que pensar nisso... ele não está lá porque quer! E nós, artistas, não somos obrigados a falar nada que não queremos. Eu sempre procuro falar a verdade, responder direito as perguntas, para todo mundo ficar satisfeito e não precisar faltar o respeito. Acho que fica uma medida boa. Não faço nenhum esforço para falar direito, nem nenhuma força para parar de falar.




Entrevista: O humor é, geralmente, dominado por homens com piadas machistas, de bunda e peito. Como é ser uma mulher nesse meio? Você sentiu preconceito no inicio da sua carreira?

Suzana: No inicio foi difícil, sim. Várias vezes eu fui me apresentar em clubes de stand-up e era apresentada como a única comediante bonita. Aí eu tinha que subir no palco e fazer piada disso. Eu pegava pesado! Porque queria mostrar que isso não era uma fase, que ia passar. Eu era uma artista que estava chegando para fazer humor e queria provar isso. Em pouco tempo, conseguir tirar esse rótulo e ser respeitada. Hoje, sou a única mulher na equipe de roteiristas de “Os Caras de Pau”. Acho uma vitória.

Entrevista: Além de escrever para o programa, quais são os seus próximos projetos?

Suzana: Estou em cartaz com a peça “De perto, ela não é normal” pelo Brasil. Também estamos na fase de captação do filme “Casa Grande”, que vai tratar da classe média alta. É bacana porque hoje em dia, no Brasil, todos os filmes tratam sobre favela, pobreza, e esse não. O longa vai abordar o tema do sistema de cotas da faculdade. Já na TV, acabei de gravar uma participação na “Grande Família”, em que faço a Soraia, que será mais uma personagem disputada por dois homens: o Paulão (Evandro Mesquita) e o Mendonça (Tonico Pereira). Também fiz um episódio no retorno de “A Turma do Didi”, programa que já participei muito antes de “Caras & Bocas” e, nessa semana, comecei a fazer o workshop de “Girassol”, nova novela das 18h.

Entrevista: Como vai ser seu personagem na novela?

Suzana: Não posso dar muitos detalhes porque comecei a trabalhar agora, mas ela vai ser uma heroína brasileira, da terra. Ela é uma viúva, que tem um lado cômico e uma sensualidade, que nem a Ivonete, de “Caras e Bocas”. Minha inspiração é o trabalho da Sônia Braga.




Entrevista: E como você arranja tempo para fazer tudo isso?

Suzana: O tempo para mim é precioso, ele tem que render. Até se eu estou sem fazer nada, eu tenho que aproveitar para descansar. Não sei muito bem como, mas eu vou conseguindo conciliar tudo, e faço isso bem. Estou ficando fera. Consigo dormir, me divertir, ficar com minha sobrinha, ver meu namorado... e não é ver de vez em quando não, é namorado presente! Tenho uma vida normal, só de muito trabalho.

Entrevista: Você vai fazer mais um personagem cômico. Não tem medo de ficar estereotipada?

Suzana: Por eu ter tido uma carreira antes da novela, de muito trabalho, aonde já fiz vários personagens dramáticos e já era conhecida no meio, não tenho esse medo. Mas, eu sei que o público gosta de me ver fazendo humor. E eu adoro também. Para mim a melhor coisa do mundo é quando uma pessoa chega para mim e fala que estava péssima, mas riu tanto com uma cena que eu fiz, que ela está um pouco melhor. Isso não tem preço.

Entrevista: A Ivonete e a sua próxima personagem têm como característica a sensualidade. Você se acha sexy?

Suzana: Acho que a sensualidade e o ser sexy são duas características diferentes. Não me acho sexy, mas me acho sensual. A sensualidade é uma coisa que a gente carrega. Acho que tem uma coisa no meu jeito de ser, que traz essa sensualidade. Na minha galera, eu nunca fui a gatona, eu era a engraçada. E, quando eu percebia, eu via que as coisas estavam boas para o meu lado (risos). Senso de humor atrai muitas pessoas. Para você se encantar por uma pessoa, tem que ter senso de humor e uma relação com a vida de leveza.

Entrevista: Pensa em posar nua?

Suzana: Nunca me convidaram para fazer um ensaio nu. Mas já tinham me perguntado isso, e eu tinha falado que eu nunca posaria nua. Mas, hoje, não descarto a possibilidade. Tem que pensar direito, mas não vou dizer nunca.





Entrevista: Você cita a brasilidade como uma das suas características marcantes. Muitas das nossas atrizes, que têm esse perfil, como Alice e Sônia Braga, fizeram uma carreira no exterior. Você pensa nisso?
Suzana: Quando eu fui para o Sundance Lab, em 2008, tive algumas oportunidades de trabalho lá fora. Mas foi em um momento que as coisas estavam pegando fogo aqui no Brasil: fiz o teste para Ivonete, surgiu a oportunidade de escrever para a TV aberta, entre outros. Então, não achei que seria jogo para mim. Meu negócio é entreter o público brasileiro. Se o meu trabalho sair dessas fronteiras, ótimo. Mas primeiro queria aprender a lidar com o público daqui.

Entrevista: Você considera estar no melhor momento da sua vida?

Suzana: Acho que ainda dá para chegar lá. Eu sou perfeccionista, então acho que sempre vou querer ir além. Não sou seduzida por papéis de protagonista, quero bons personagens. Claro, todos os autores sabem que podem contar comigo para o que der e vier. Estou preparada para desafios.

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